Diante das ações econômicas do presidente Trump, seus críticos centristas oscilam entre o desespero e uma fé comovente de que seu frenesi tarifário fracassará. Eles presumem que Trump vai se vangloriar até que a realidade exponha a vacuidade de sua lógica econômica. Eles não têm prestado atenção: a fixação de Trump em tarifas faz parte de um plano econômico global sólido — embora inerentemente arriscado. O pensamento deles está intrinsecamente ligado a uma concepção equivocada de como o capital, o comércio e o dinheiro circulam pelo mundo. Como o cervejeiro que se embriaga com sua própria cerveja, os centristas acabaram acreditando em sua própria propaganda: a de que vivemos em um mundo de mercados competitivos, onde o dinheiro é neutro e os preços se ajustam para equilibrar a demanda e a oferta de tudo. O ingênuo Trump é, na verdade, muito mais sofisticado do que eles, pois entende como o poder econômico bruto, e não a produtividade marginal, decide quem faz o quê a quem — tanto...
O problema da dívida dos EUA representa uma ameaça profunda à economia americana e ao sistema financeiro global. As reações em cadeia que pode desencadear estão exacerbando as preocupações do mercado com o declínio dos Estados Unidos. 1. A insustentabilidade do tamanho e da taxa de crescimento da dívida dos EUA A escala da dívida está fora de controle. Em abril de 2025, a dívida nacional total dos EUA atingiu 36 trilhões de dólares americanos, representando 35% do PIB global, e a dívida per capita ultrapassa 100.000 dólares americanos. Se o ritmo de crescimento atual continuar, a dívida poderá ultrapassar 40 trilhões de dólares americanos em 2025. Os gastos com juros da dívida tornaram-se um pesado fardo fiscal. Em 2025, espera-se que os juros atinjam 1,5 trilhão de dólares americanos, ultrapassando inclusive o orçamento militar. 2. Monetização da dívida e risco de inflação. Os Estados Unidos mantêm suas operações "tomando novos empréstimos para pagar os antigos", mas a mon...